Quando ingressei na Assembleia Legislativa em 2015, não poderia imaginar que iria testemunhar de dentro uma das piores crises na educação paranaense. O Governador da época, Beto Richa, já vinha sofrendo pressões por melhores salários, progressões e outras mudanças requisitadas pelos professores.

Porém, no início do ano, o governo mandou para a Assembleia um projeto que alteraria substancialmente o sistema previdenciário dos profissionais da educação.

Pude presenciar reuniões tensas, principalmente a que discutia-se a colocada em pauta e o regime de urgência para esse projeto


Como era de se imaginar, a tensão subiu e em 12 de Fevereiro, professores e manifestantes forçaram a sua entrada nas dependências da ALEP, tomaram o plenário e fixaram acampamento nas dependências do local.


Depois de várias tentativas frustradas em seguir com sessões normais, a casa realizou uma mega operação com policiamento intenso para realizar uma sessão fora do plenário, que estava ocupado, no último andar da casa.


O professores continuavam acampados e várias sessões foram conturbadas com manifestações, entradas controladas e segurança reforçada.


Nos dias que antecederam e efetivamente no dia 29 de Abril tudo aconteceu. Foi uma mega operação policial que culminou com a tentativa de invasão novamente que resultou em uma ação extremamente questionada na época. 

O clima ia ficando tenso ao passo que o policiamento ia aumentando.


No dia da votação, 29 de Abril, uma reunião extremamente tensa tomou a sala da presidência da casa, estando presentes muitos jornalistas, deputados e figuras políticas de destaque nacional, tentando chegar a um consenso, que não ocorreu.


O resultado: Bombas de gás lacrimogênio, mordidas de cães de guarda, tensão, aflição e projeto aprovado.

You may also like

Back to Top